O senador Jayme Campos (União-MT) defendeu o turismo rural como alternativa estratégica para diversificação econômica e desenvolvimento sustentável, durante pronunciamento nesta quarta-feira (18) no Plenário.
— O turismo rural oferece uma experiência autêntica para visitantes nacionais e estrangeiros, promovendo a integração entre o campo e a cidade e fortalecendo a economia de pequenas comunidades — argumentou.
Segundo o senador, o Brasil tem todas as condições de transformar o vasto território rural em um polo turístico de relevância internacional, a exemplo de países como França, Itália e Espanha. Ele destacou o potencial de Mato Grosso, onde se encontram três importantes biomas: Pantanal, Cerrado e Amazônia.
— Precisamos melhorar a infraestrutura turística e fomentar novos empreendimentos. Grande parte dos atrativos ainda é desprovida de qualquer estrutura pública — criticou.
Jayme Campos também falou sobre a atual distribuição dos recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), que, segundo ele, tem beneficiado majoritariamente grandes empresários, em detrimento da agricultura familiar.
— Quando um cidadão humilde tenta comprar um pequeno trator de R$ 300 mil, morre no meio do caminho. Mas para grandes projetos, há financiamento de R$ 100 milhões, R$ 200 milhões, até R$ 300 milhões — disse.
Para o senador, é necessário garantir que os recursos cheguem de fato aos pequenos produtores, cooperativas e empreendedores locais, como forma de alavancar a infraestrutura e as rotas do turismo rural.
Jayme Campos também manifestou apoio à instalação da CPMI do INSS, cujo requerimento de criação foi lido na sessão do Congresso de terça-feira (17). O colegiado deve apurar fraudes em benefícios previdenciários. Ele criticou duramente os responsáveis pelas irregularidades.
— Roubaram mais de R$ 6 bilhões dos nossos velhinhos. Isso é um escândalo. Esses criminosos devem ser presos, recolhidos talvez ao presídio federal de mais alta segurança — sentenciou.
O senador defendeu uma atuação firme do Congresso Nacional e dos órgãos de controle, com apuração célere e punições exemplares aos envolvidos.
O senador também se posicionou contra a proposta de aumento no número de deputados federais, que está em discussão no Senado ( PLP 177/2023 ).
— Não adianta virem me aliciar. Não vou votar a favor disso. O Brasil está praticamente falido. Criar mais vagas é um escárnio com o povo brasileiro — declarou.
Ele apontou que, enquanto os Estados Unidos têm 331 milhões de habitantes e 435 deputados federais, o Brasil, com 213 milhões de habitantes, já conta com 513 parlamentares na Câmara.
— Seremos indignos de exercer o cargo se aprovamos uma proposta dessas. O Brasil não merece tanto — afirmou.
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