O interesse pelo esporte na vida do tenente Batista Rodrigues começou antes mesmo dele pensar em se tornar policial. Foi aos 9 anos, assistindo às Olimpíadas de Seul (1988), na Coréia do Sul, que decidiu fazer da prática esportiva um propósito de vida. Entre tantas modalidades disputadas, como o futebol, vôlei, basquete e natação, foi no atletismo que ele se encontrou, na prova do lançamento de martelo.
Nesta quinta-feira (3), o policial representará o Brasil e a PM de São Paulo pela quinta vez no ‘World Police e Fire Games’, considerado os ‘Jogos Olímpicos’ de policiais e bombeiros. O torneio realizado a cada dois anos reúne profissionais de todo o mundo. Nesta edição as disputas ocorrem em Birmingham, no Alabama (EUA). As Polícias Militar e Civil de São Paulo contam com representantes na competição.
“Fiz do esporte a razão da minha vida. E esse evento mudou para sempre a minha carreira. Nunca imaginei que um dia pudesse estar competindo representando o meu país, ainda mais pela quinta vez. É uma honra fazer parte”, disse Rodrigues.
O militar subiu ao pódio em todas as outras edições do campeonato que disputou. Foi 3º colocado em Los Angeles (EUA), em 2017, campeão dois anos depois em Chengdu, na China, vice-campeão em Rotterdam, na Holanda, e 3º colocado em Winnipeg, no Canadá. Atualmente, é campeão paulista, brasileiro e bicampeão sul-americano da categoria entre 45 e 49 anos.
Rodrigues divide a paixão pelo esporte com a Polícia Militar. Há 14 anos, entrou para a corporação e atualmente é comandante de pelotão na Escola Superior de Soldados, além de ser professor de Educação Física.
“A PM sempre me apoiou e sempre dará apoio aos esportistas. Carrego no peito com muito orgulho o brasão da instituição para todos verem de onde eu venho. A instituição me deu tudo o que tenho hoje”, afirmou o militar.
Chegar ao topo do mundo ainda é o principal objetivo da carreira de alguns atletas amadores. É o caso de Marco Aurélio Santos, investigador da Polícia Civil do estado.
Há um ano na instituição, ele busca conquistar a medalha que falta na coleção. “É uma sensação diferente estar aqui. Fico feliz que a Polícia Civil também me incentiva a continuar essa jornada como atleta”, contou Aurélio.
O investigador compete no braço de ferro, nas categorias acima de 110 quilos e de mais de 40 anos. Ao longo da carreira, já foi campeão brasileiro, pan-americano e europeu da modalidade, sendo vice-campeão mundial em 2022.
Como policial civil, já foi campeão latino-americano em um campeonato realizado em Cali, na Colômbia.
“Desde muito pequeno sempre gostei de musculação. Quando eu era guarda civil, em 2013, disputei as olimpíadas estaduais da GCM de São Paulo e fui campeão. Desde então, meu interesse por esse esporte só aumentou”, explicou o policial.
No torneio dos EUA, Aurélio também ajuda outros atletas como técnico da seleção brasileira de esportes de forças, como supino e levantamento de peso.
Os Jogos Olímpicos de polícias e bombeiros começaram em 27 de junho e vão até 6 de julho. A próxima edição está prevista para acontecer em março de 2027, na Austrália.
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