A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, sugeriu que a lei do Benefício de Prestação Continuada (BPC) volte a exigir autorização judicial para que menores de idade que recebem o benefício possam fazer empréstimos consignados. Tebet relatou nesta terça-feira (8) à Comissão Mista de Orçamento (CMO) que cerca de 500 mil menores já contrataram esses empréstimos por meio de seus responsáveis legais, de acordo com dados verificados pelo governo.
A ministra disse que é preciso fechar brechas na lei que foram abertas desde 2022, com a Medida Provisória 1.106/2022 , e que possibilitaram um crescimento no número de pessoas com deficiência que conseguiram o BPC por decisão judicial.
— Este é um governo que não aceita tirar direito de ninguém. Só não queremos e nem podemos pagar para quem não precisa ou não está dentro das regras — ressaltou.
LDO
Tebet também falou sobre o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026 ( PLN 2/2025 ). Ela disse que a meta de superávit de R$ 34,3 bilhões para 2026 é desafiadora, mas factível. A projeção orçamentária para os próximos anos mostra uma queda significativa das despesas de custeio e investimentos por causa do aumento das despesas obrigatórias. Segundo a ministra, o governo está trabalhando para cortar despesas e gastar melhor, mas não vai cortar nas áreas sociais. Ela defendeu cortes sobre isenções tributárias.
O presidente da CMO, senador Efraim Filho (União-PB), se mostrou contrário a aumentos da carga tributária.
— Se o cidadão do andar de baixo incorretamente paga um imposto indevido, quem é empreendedor neste país é um herói da resistência e também já está pagando imposto demais. Não adianta achar que ele é um privilegiado — disse.
Cronograma
O relator da LDO, deputado Gervásio Maia (PSB-PB), apresentou o relatório preliminar e afirmou que a votação deverá ocorrer na próxima terça-feira (15).
Efraim Filho anunciou os novos coordenadores de comitês orçamentários:
Da Agência Câmara de Notícias
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