O governador Tarcísio de Freitas participou nesta quarta-feira (9) do desfile cívico-militar que homenageou os combatentes da Revolução Constitucionalista de 1932. A cerimônia ocorreu em frente ao Obelisco Mausoléu, no Parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo.
O monumento é uma referência aos Heróis de 32, ano em que a população de São Paulo lutou em favor de uma nova Constituição para o Brasil, que vivia sob o governo provisório de Getúlio Vargas.
“São Paulo se levantou contra a imposição. Não aceitou decreto e não aceitou silêncio. Quis a Constituição, quis respeito. Homens deixaram família, trabalho, conforto e foram para o front. Perderam a guerra, mas ganharam o direito de serem lembrados como os que lutaram por algo maior”, afirmou o governador.
Antes do deslocamento da tropa da Polícia Militar de São Paulo, houve uma cerimônia de sepultamento dos heróis homenageados no Mausoléu, com salva de tiros, toque de silêncio e deposição de flores junto ao túmulo.
Também participaram do ato solene integrantes da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Exército, Marinha, Força Aérea e Guarda Civil.
No evento também ocorreu a condecoração da medalha de ordem ao mérito Armando Romagnoli Herói Paulista — combatente da revolução a 34 pessoas homenageadas.
A honraria foi criada pela Sociedade Veteranos de 32 e tem por objetivo agraciar personalidades civis e militares ou instituições públicas e privadas que prestaram serviço ao estado ou que tenham contribuído para o engrandecimento da Pátria.
Em julho de 1932, um crescente descontentamento popular em São Paulo levou à realização de comícios e manifestações contra o governo provisório de Getúlio Vargas.
Os atos resultaram em conflitos violentos com tropas federais e a morte de quatro jovens Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo – a sigla MMDC acabou se tornando símbolo da luta constitucionalista.
Foram 85 dias de conflito armado, com 934 mortos. As forças paulistas foram derrotadas, mas o Estado de São Paulo o que queria no campo político.
A luta resultou na convocação de uma Assembleia Constituinte em 1933, mesmo ano em que foi criada a Justiça Eleitoral, que permitiu a mulheres o direito ao voto em eleições nacionais. No ano seguinte, foi promulgada a nova Constituição Federal.
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