Quinta, 10 de Julho de 2025
12°C 25°C
Bauru, SP

Plínio questiona atuação do STF em medidas sobre o IOF

O senador Plínio Valério (PSDB-AM), em pronunciamento nesta quarta-feira (9), criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribun...

09/07/2025 às 17h11
Por: Diogo Germano Fonte: Agência Senado
Compartilhe:
 - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
- Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Plínio Valério (PSDB-AM), em pronunciamento nesta quarta-feira (9), criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeuos decretos presidenciais que aumentaram oImposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o decreto legislativo que cancelou esse aumento. Para o senador, o ato de Moraes viola o princípio da separação dos Poderes.

— O Planalto recorreu ao Supremo, e aí começou o impasse institucional. Em olímpica e solitária decisão, mas não surpreendente, [Moraes] derrubou as duas manifestações, do Executivo e do Legislativo, um fato não apenas violento, mas rigorosamente inédito nesta República chamada Brasil. Afinal, quem manda neste país em que uma canetada anula decisões de dois Poderes eleitos pelo povo? — disse.

O senador lembrou que a Constituição estabelece que todo o poder emana do povo e é exercido por representantes eleitos e que o Congresso tem a competência de sustar atos do Executivo que excedam o poder regulamentar. Para ele, o decreto do IOF não tinha respaldo legal e foi corretamente sustado pelo Parlamento.

Plínio também criticou a convocação feita por Moraes para uma reunião de conciliação entre o Executivo e o Legislativo no STF. Segundo o senador, não há previsão constitucional para esse tipo de audiência entre Poderes e ministros do STF não têm autoridade para convocar os chefes do Legislativo.

— O estado pleno de direito do Brasil já foi para as cucuias. Quando um Poder não respeita o outro, quando um Poder invade a prerrogativa do outro, não tem mais estado de direito. Decisões individuais, fora da Constituição, não competem ao ministro, seja ele poderoso ou não — concluiu.