Cidades do Vale do Paraíba foram contempladas com R$ 16 milhões em investimentos do programa Rios Vivos , destinados ao desassoreamento de rios e córregos. Os trabalhos devem ocorrer em Campos do Jordão, Pindamonhangaba, Cruzeiro e Lagoinha. Entre os corpos hídricos beneficiados estão o Córrego Umuarama, o Rio Una, o Ribeirão dos Lopes e um afluente do Rio Botucatu, todos integrantes das bacias do Paraíba do Sul e do Litoral Norte. Desde 2023, o Estado já aplicou mais de R$ 37 milhões em ações semelhantes na região.
Coordenado pela SP Águas , agência reguladora vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) , o projeto busca melhorar a vazão dos rios, garantir água de qualidade para abastecimento e reduzir o risco de enchentes . A iniciativa também promove a revitalização de áreas ribeirinhas, incentivando o uso público para lazer e atividades físicas.
A diretora-presidente da SP Águas, Camila Viana, ressalta que os benefícios vão além da preservação ambiental e que o Rios Vivos não só melhora a infraestrutura hídrica, mas também cria condições favoráveis para a instalação de novos empreendimentos, fortalecendo a economia local e a qualidade de vida nas cidades beneficiadas. “Os benefícios não se restringem apenas aos municípios onde as ações são realizadas.
Em Campos do Jordão, os serviços contemplam o Córrego Umuarama (356 metros), a represa do Itatinga (340 metros) e o lago da Vila Inglesa (7.200 metros), com um volume total estimado de 27,5 mil m³ a ser retirado. Em Pindamonhangaba, o Rio Una terá 4.112 metros limpos, com remoção prevista de 34,9 mil m³. Em Cruzeiro, serão 800,5 metros do Ribeirão dos Lopes, com retirada de 10,9 mil m³. Já em Lagoinha, o trabalho abrange 1.277,87 metros de um afluente do Rio Botucatu, com volume estimado de 9,2 mil m³.
O programa opera em conjunto com as prefeituras, que aderem à iniciativa e ficam responsáveis pelo licenciamento ambiental, destino dos resíduos e manutenção das áreas recuperadas. Desde seu lançamento, em 2023, o Rios Vivos já revitalizou 253 cursos d’água em 158 cidades paulistas, removendo 3,547 milhões de m³ de sedimentos. O investimento total no período chegou a R$ 208,3 milhões.
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