O Governo do Estado de São Paulo avança na qualificação da mão de obra rural ao promover parcerias estratégicas com a iniciativa privada e instituições de ensino técnico. Entre os destaques está a atuação conjunta da Secretaria de Agricultura e Abastecimento com a empresa AGCO, líder global em máquinas e tecnologia agrícola, e o Centro Paula Souza, responsável pela gestão das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs), para oferecer capacitação prática em mecanização e agricultura de precisão.
A iniciativa integra a nova política pública estadual voltada à formação de profissionais do agro, anunciada em julho pelo governo paulista. O objetivo é impulsionar a empregabilidade dos jovens no campo por meio da oferta de cursos de curta e média duração, com foco em demandas reais do setor, como operação e manutenção de tratores, colheitadeiras e outros equipamentos agrícolas.
Como parte dessa estratégia, estudantes de três Etecs do interior paulista já iniciaram as aulas práticas na Fazenda Santa Elisa, sede do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Os treinamentos — que seguem até o dia 1º de agosto — contam com tratores e pulverizadores de última geração das marcas Massey Ferguson, Valtra e Fendt, do grupo AGCO, e somam 161 horas de formação, sendo 82 horas presenciais. A capacitação acontece em duas etapas: de 22 a 25 de julho, com foco em tratores, e de 29 de julho a 1º de agosto, com foco em pulverizadores e tecnologias de aplicação.
O projeto visa preparar jovens para os desafios da agricultura moderna, unindo teoria e prática com o acompanhamento de instrutores especializados. Ao final, os participantes receberão certificado, e os três com melhor desempenho terão a oportunidade de estagiar em concessionárias da AGCO.
Além de investir em qualificação, o Governo de São Paulo busca responder a uma crescente demanda por mão de obra qualificada no setor agropecuário, que, no último levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), empregava mais de 28 milhões de pessoas — uma participação de 26% no total de ocupações do país.
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