São Paulo é líder nacional na geração própria de energia solar e continua expandindo ainda mais o potencial energético sustentável do estado. De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a capacidade atual paulista é de 5,8 gigawatts (GW). A modalidade teve um crescimento de 1,6 GW, em relação aos últimos 12 meses, o que representa um aumento de 38%.
Fonte renovável, torna-se uma das principais opções viáveis e econômicas. Em plena expansão no mercado, o uso de painéis fotovoltaicos pode suprir demandas elétricas de propriedades rurais, como no bombeamento de água para abastecimento doméstico, irrigação, eletrificação de cercas, iluminação, entre outras atividades essenciais na produção.
O levantamento da Absolar também aponta que os dados da energia solar distribuída no agronegócio paulista são mais de 500 MW. Algo em torno de 24 mil usinas instaladas que abastecem cerca de 32 mil propriedades rurais, espalhadas em 607 municípios do estado. Para continuar com a expansão energética e na sustentabilidade, o Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, disponibiliza por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP) a linha de Desenvolvimento Rural Sustentável Paulista na atividade de Energia Renovável.
“A facilitação de acesso às energias renováveis é uma política de transição energética que irá marcar esta gestão paulista. Há benefícios para toda a cadeia produtiva, beneficiando o meio ambiente. O produtor rural tem meios para manter as atividades agrícolas com práticas sustentáveis”, complementou o secretário de Agricultura e Abastecimento de SP, Guilherme Piai.
O teto de financiamento da linha do FEAP é de até R$ 250 mil para pessoa física e até R$ 500 mil para pessoa jurídica. O prazo de pagamento é de até 84 meses, com carência de até 12 meses.
“O FEAP tem sido um grande aliado do produtor rural paulista, promovendo uma agricultura mais limpa, eficiente e com menor custo de produção. E esse apoio vai além do financiamento: conta com o trabalho fundamental dos técnicos da CATI e do ITESP, que acompanham cada etapa dos projetos, garantindo segurança, qualidade e efetividade na aplicação dos recursos no campo”, ressaltou o secretário executivo do FEAP, Felipe Alves.
“A linha de financiamento se configura como ferramenta poderosíssima no desenvolvimento da pequena propriedade. O fotovoltaico, com a taxa de juros acessível e carência, frente ao alto custo da energia e perdas dos subsídios para o rural foi um presente que o Estado nos ofereceu”, destacou o presidente do sindicato rural de Caconde, Ademar Pereira, que implantou o sistema em todo o processo de colheita da Cooperativa Agropecuária de Caconde. Segundo Pereira, além da questão da sustentabilidade, hoje, o alto valor da energia elétrica impacta diretamente nos custos de produção.
O Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista, o Banco do Agronegócio Familiar – FEAP/BANAGRO, é um fundo do Governo do Estado de São Paulo, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), que tem como missão fomentar o desenvolvimento da produção agropecuária paulista, conciliando os três pilares da sustentabilidade: econômico, social e ambiental.
Com o objetivo de apoiar financeiramente agricultores, pecuaristas, pescadores artesanais e suas organizações — como associações e cooperativas — por meio de linhas de crédito rural e subvenções econômicas voltadas para programas e projetos de interesse da economia do Estado.
Desde 2023, o FEAP já disponibilizou ao produtor rural mais de R$ 290 milhões. Para ampliar o financiamento, o Governo do Estado de São Paulo modificou as regras do FEAP. Agora, o limite específico de renda agropecuária foi removido, permitindo que até 100% da renda bruta anual (teto de R$ 3 milhões) venha exclusivamente da atividade rural. Anteriormente, havia restrições que excluíam produtores rurais dedicados integralmente. Formalizada pela Deliberação CO-17 no DOE, a medida alinha o FEAP às condições federais de crédito rural, mas com juros mais atrativos.
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