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Comissão aprova ampliação de punições para mineração ilegal em terras indígenas

A Câmara dos Deputados continua analisando o projeto

14/08/2025 às 14h37
Por: Diogo Germano Fonte: Agência Câmara
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Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

A Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que estabelece novos tipos penais para a mineração ilegal, com penas agravadas se a atividade ocorrer em terras ocupadas por povos e comunidades tradicionais e para quem a financia ou custeia.

Por recomendação da relatora, deputada Dandara (PT-MG), foi aprovado o substitutivo da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável para o Projeto de Lei 2933/22 , da ex-deputada Joenia Wapichana (RR) e de outros 18 parlamentares .

“Trata-se de um importante avanço na proteção dos territórios tradicionais e no enfrentamento aos danos provocados pela mineração ilegal”, afirmou Dandara.
Segundo ela, o texto segue princípios constitucionais e acordos internacionais.

Na justificativa que sustentou a versão original da proposta, a ex-deputada Joenia Wapichana e os demais autores argumentaram que, apesar de proibida pela Constituição, a mineração em terras indígenas ainda é uma prática permanente.

Principais pontos
Pela proposta aprovada, incorrerá nas mesmas penas previstas hoje para a mineração ilegal quem:

  • colocar em risco a vida ou a saúde de pessoas;
  • causar significativo impacto ambiental;
  • realizar a atividade com emprego de máquinas e equipamentos pesados de mineração; ou
  • realizar a atividade mediante ameaça com emprego de arma.

Além disso, conforme o substitutivo, a pena será aumentada até o dobro se a atividade for realizada em terras ocupadas por povos e comunidades tradicionais e até o triplo para quem a financia ou custeia nessas terras.

Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.