O número de atendimentos em saúde mental realizados por psicólogos no Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado de São Paulo cresceu 40% entre 2022 e 2024, passando de 1,6 milhão para 2,4 milhões de procedimentos. Apenas nos primeiros seis meses de 2025, já foram registrados 1,3 milhão de atendimentos, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Para o psiquiatra e diretor técnico do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental (Caism) da Vila Mariana, Elson Asevedo, os principais cuidados para quem enfrenta desafios com a saúde mental envolve uma rotina e hábitos saudáveis. “Cuidar da mente é como cuidar do corpo. Exige hábitos diários e uma abordagem preventiva. Não é só sobre tratar doenças, mas sobre promover o bem-estar e a resiliência emocional”, afirma.
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Entre as práticas recomendadas estão a realização de atividades físicas regulares, associadas a uma alimentação equilibrada e a um sono de qualidade, a manutenção de conexões sociais saudáveis, que fortalecem o sentimento de pertencimento e a reserva de tempo para lazer e relaxamento, por meio de hobbies, leitura, meditação ou contato com a natureza.
Além dos cuidados do dia a dia, o especialista indica que procurar ajuda é um passo crucial e, assim como a saúde física, requer avaliação e cuidado qualificado para evitar que um sofrimento inicial evolua para um quadro mais grave. “Estudos científicos demonstram que a combinação de medicação e psicoterapia é mais eficaz que qualquer tratamento isolado, especialmente, em casos de depressão moderada a grave. Esta abordagem integrada oferece melhores resultados tanto para os sintomas quanto para o funcionamento geral e qualidade de vida”, destaca o psiquiatra.
A SES destaca que a porta de entrada para atendimento psicológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é feita na Atenção Básica, por meio da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que são administradas pelos municípios.
A Raps é instalada em todo o estado sob responsabilidade dos municípios, cabendo ao Estado o apoio e fortalecimento à Rede. É importante ressaltar que os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) podem ser procurados para avaliação e acompanhamento, quando necessário. Entretanto, desde as UBSs, até a urgência/emergência nos hospitais gerais possuem condições para atendimento em alcoolismo e o devido encaminhamento para especialistas da rede.
Quando há necessidade de cuidados de alta complexidade em hospital de referência, o paciente é encaminhado conforme quadro clínico.
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