O programa Muralha Paulista, do Governo de São Paulo, entrou em uma nova etapa de expansão . A partir de agora, qualquer cidadão ou comércio pode integrar suas câmeras particulares ao sistema de monitoramento policial do Estado de São Paulo. Em participação no SP em 3, 2, 1, programa da Agência SP, o coordenador do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), Rodrigo Vilardi, detalhou a nova fase do programa.
Para cadastrar uma câmera particular, é preciso acessar o site www.portaldaseguranca.sp.gov.br/login , fazer o login com a conta Gov.br e preencher as informações requisitadas. A câmera precisa estar voltada para um ambiente público.
As imagens fornecidas ficam em um banco de dados coordenado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). Elas ajudam no controle da mobilidade criminal no território paulista , com prisões de foragidos da Justiça por meio de reconhecimento facial. Também auxiliam na recuperação de veículos roubados ou furtados e na localização de pessoas desaparecidas.
Não há limite de quantidade: uma residência pode cadastrar uma câmera, enquanto empresas e comércios podem disponibilizar dezenas. Para garantir a conformidade e a segurança dos dados, o voluntário precisa consentir um termo de adesão que formaliza a autorização para o uso das imagens captadas.
É importante ressaltar que o sistema do Muralha Paulista opera com perfis de acesso restritos, em total conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), assegurando a privacidade e o uso ético das informações.
Para reforçar a prevenção, o sistema oferece também placas e materiais gráficos que podem ser fixados em áreas monitoradas, sinalizando que o local está conectado ao Muralha Paulista. “Quando tiver uma ocorrência, o policial pode antecipar o que está acontecendo mesmo antes de chegar. Ele já sabe o que vai encontrar”, diz Vilardi.
Criado para reduzir a mobilidade criminal no Estado, o Muralha Paulista conecta sensores, leitores de placas, câmeras de monitoramento e de reconhecimento facial diretamente aos sistemas policiais .
Essa integração amplia o acesso dos agentes às imagens e permite o recebimento automático de alertas sobre veículos roubados, usados em crimes ou pertencentes a procurados.
“O programa Muralha Paulista é um programa que visa diminuir a mobilidade criminal, ou seja, impedir que criminosos circulem facilmente pelo Estado de uma maneira impune”, explica Vilardi.
Atualmente, mais de 200 municípios já estão integrados ao programa. A rede conta com 14 mil leitores de placas, 5 mil câmeras de reconhecimento facial e 17 mil câmeras de monitoramento em tempo real. Essa infraestrutura garante que as forças de segurança tenham acesso imediato unificado a informações.
Em agosto deste ano, o sistema do Muralha Paulista emitiu 180 mil alertas relacionados a veículos roubados. “Isso tem contribuído, e isso é o mais importante no final das contas, com a redução dos indicadores criminais”, aponta Vilardi.
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