A Justiça autorizou, nesta quarta-feira (8), a destruição imediata de 100 mil vasilhames aprendidos pelas forças de segurança do Estado de São Paulo no inquérito que apura responsabilidades pela adulteração de bebidas . A solicitação feita pela Polícia Civil foi autorizada pelo juiz Lucas Bannwart Pereira, do Fórum Criminal Barra Funda do Tribunal de Justiça de São Paulo.
No despacho, o magistrado destaca que os milhares de recipientes foram encontrados em uma suposta empresa de recicláveis que comercializava garrafas de diferentes bebidas destiladas sem controle sanitário, de origem ou de destinação, além de não realizar procedimentos de higienização.
“Considerando o potencial lesivo da mercadoria apreendida, porquanto não passam por qualquer tratamento sanitário, higienização, limpeza, etc., segundo o próprio proprietário, a manutenção das referidas mercadorias, por si só, representa potencial e concreto risco a um sem número de pessoas que podem ser expostas a eventuais substâncias presentes nestes vasilhames”, afirmou Bannwart Pereira.
A destruição dos recipientes apreendidos faz parte de um conjunto de medidas promovidas pelo Governo de SP para garantir a segurança e a proteção da população. Desde a confirmação dos primeiros casos, em setembro, ações de saúde e segurança passaram a ser reforçadas em todo o estado, assim como a comunicação para que a população tenha esclarecimentos sobre os riscos e a real situação.
Para intensificar as ações contra a contaminação por metanol, o Governo de São Paulo instaurou um gabinete de crise na terça-feira (30) para garantir a segurança do cidadão.
A força-tarefa do gabinete de crise é composta pelas secretarias da Saúde, Segurança Pública, Fazenda e Justiça, e também envolve a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Comunicação e as vigilâncias sanitárias municipais. Entre as ações coordenadas, está a interdição cautelar de estabelecimentos suspeitos de comercialização de bebidas fraudadas e o recolhimento de garrafas para perícia.
Mín. 16° Máx. 24°