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Projeto reforça obrigatoriedade de ensino de história africana e afro-brasileira nas escolas

Entre outros pontos, texto prevê formação continuada de professores e aperfeiçoamento de material didático sobre o tema

04/06/2025 às 16h15
Por: Diogo Germano Fonte: Agência Câmara
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Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O Projeto de Lei 4340/24 prevê medidas para garantir a implementação, nas redes de ensino pública e privada, do estudo da história geral da África e da história da população negra no Brasil. Entre outros pontos, o texto prevê a formação continuada de professores e o aperfeiçoamento de material didático sobre o tema.

Em análise na Câmara dos Deputados, a proposta altera o Estatuto da Igualdade Racial ( Lei 12.288/10 ), que determina a obrigatoriedade do ensino dessa temática no currículo escolar.

Os autores do projeto – a deputada Camila Jara (PT-MS), o deputado Duarte Jr. (PSB-MA) e outros três parlamentares – afirmam que, apesar de previsto na lei, o ensino da história africana e afro-brasileira carece da parceria financeira e técnica de estados e do governo federal para ir além da celebração de datas comemorativas e se consolidar como parte do conteúdo escolar ao longo do ano.

"A proposição, portanto, busca estabelecer uma rede de agentes de governança, que funcione como articuladores entre as esferas de governo e com a sociedade civil, especialmente as universidades, com a função de disseminar saberes", justificam os autores.

Formação continuada
Pela proposta, caberá ao Executivo estadual e ao municipal promover a formação continuada de profissionais da educação e o aperfeiçoamento dos processos de
escolha e distribuição de materiais didáticos e literários que darão suporte à
transmissão destes conteúdos.

O texto também determina que a implementação do ensino das disciplinas seja avaliada por meio de plano de metas.

Por fim, a proposta obriga as escolas públicas e privadas a adotar protocolos de
identificação e respostas à discriminação racial ou étnico-racial.

Próximos passos
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Educação; de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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