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Buri recebe sorteio de 102 casas da CDHU

A CDHU realizou, nesta quarta-feira (27/08), o sorteio de 102 casas no município de Buri, Região Administrativa de Itapeva.

28/08/2025 às 16h04
Por: Diogo Germano Fonte: Secom SP
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No total, 4.339 famílias se inscreveram, em abril deste ano, para participar do sorteio. Foto: Fernando Lambert
No total, 4.339 famílias se inscreveram, em abril deste ano, para participar do sorteio. Foto: Fernando Lambert

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) realizou na quarta-feira (27) o sorteio de 102 casas no município de Buri, região administrativa de Itapeva. Ao todo, mais de 4,3 mil famílias participaram do evento, que contou também com a participação do subsecretário de Desenvolvimento Urbano, José Police Neto, e da diretora de Atendimento Habitacional da Companhia, Ticiane D’Aloia.

Representando o governador Tarcísio de Freitas e o secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco, José Police Neto falou sobre a importância de os futuros moradores pagarem as prestações do financiamento em dia, o que fomenta a construção de novas unidades habitacionais da CDHU em todo o Estado.

“O mundo só alcançará equilíbrio quando a justiça for garantida em todos os seus cantos. Hoje, vamos sair com 102 famílias sorteadas, mas sabemos que muitas outras queriam estar entre elas e não conseguiram. Para aumentar o número de famílias beneficiadas, é fundamental que as parcelas sejam pagas em dia. O governador garantiu que cada centavo pago pela casa será revertido em um fundo que permitirá a construção de novas moradias. Pagamentos em dia ajudam a viabilizar a realização do sonho de mais famílias”, explicou o subsecretário.

Police, por fim, destacou que os novos moradores terão mais segurança habitacional e dignidade muito em breve: “A obra começou em julho do ano passado e está quase pronta. As famílias sorteadas vão passar o Natal na casa nova, com muita alegria. É uma obra que teve 102 casas construídas, com qualidade, em 15 meses”, concluiu.

Já a diretora de Atendimento Habitacional da CDHU, Ticiane D’Aloia reiterou aos participantes a lisura do processo. “Temos que agradecer aqui a confiança de todos vocês que se inscreveram para esse sorteio. As urnas estão aqui com vocês desde cedo, são transparentes para vocês olharem e colocarem suas senhas. Isso é feito para que vocês não tenham qualquer dúvida sobre a realização desse sorteio. Tudo feito da forma mais transparente possível”, afirmou.

No total, 4.339 famílias se inscreveram, em abril deste ano, para participar do sorteio. As unidades habitacionais serão distribuídas da seguinte forma: oito para famílias com pessoas com deficiência, seis para idosos, cinco para policiais e agentes de segurança e quatro para pessoas que moram sozinhas. As demais serão sorteadas para a população em geral, sendo 53 unidades para famílias com renda entre 1 e 3 salários mínimos, 15 para renda entre 3,01 e 5 salários e 11 para renda entre 5,01 e 10 salários mínimos.

Durante o evento, foram definidos os titulares e suplentes. As famílias contempladas já foram convocadas para a fase de habilitação, na qual precisarão comprovar que atendem a todos os critérios estabelecidos no edital de inscrição. Caso algum sorteado não se enquadre nas exigências, será desclassificado e um suplente será chamado, seguindo a ordem de classificação. Esse processo garante que o benefício seja concedido apenas a quem realmente necessita.

Elisangela Jamile de Oliveira Macedo, de 35 anos, foi a primeira entre os 102 sorteados. Emocionada, contou que o filho caçula, Jaime, de apenas 5 anos, já tinha a encorajado a participar do processo e acreditava que a família iria conseguir. “Eu nunca tinha ganhado nada assim na vida. Até então, era azarada para sorteios. Nós moramos, atualmente, em um terreno que é do meu sogro. Agora a gente vai ter mais segurança, porque é uma moradia nossa, para os meus filhos”, contou Simone, que também é mãe do João, de 14 anos, e do José, de 11.

Outra família que não escondeu a emoção de conquistar um novo lar foi a do trabalhador da área rural Anderson de Almeida, de 37 anos. Casado com a diarista Simone Aparecida Leite de Almeida, de 34 anos, são pais de três filhos – Miqueias, de 5, Evelin, de 11, e Vitor, de 14 anos. “Só há alegria no meu coração e no da minha esposa. Já são 17 anos pagando aluguel, passamos por momentos difíceis. Agora, graças a Deus, temos a nossa moradia”, contou.

Anderson falou, ainda, que com um valor de prestação que cabe no bolso da família conseguirá reorganizar as finanças e projetar novas metas para a família: “Agora, eu posso tentar dar algo melhor para os meus filhos. Pagando aluguel eu não consigo. Agora vai ser possível!”, concluiu.

Para concorrer, o candidato tinha que morar ou trabalhar no município de Buri há pelo menos cinco anos, ter renda familiar de até dez salários mínimos, não ser proprietário de imóvel, não possuir financiamento habitacional e não ter sido atendido anteriormente por programas habitacionais de interesse social. Policiais tinham que trabalhar na cidade, idosos precisavam comprovar idade mínima de 60 anos e candidatos que moram sozinhos precisavam ter 30 anos ou mais.

O empreendimento está recebendo um investimento de R$ 24,3 milhões da CDHU e conta com parceria da prefeitura, responsável pela doação do terreno, localizado na Rua Percival Nunes de Barros, no bairro Cercado Grande. As casas terão dois dormitórios, sala de estar, cozinha, banheiro e lavanderia, distribuídos em aproximadamente 49 m² de área útil. As unidades serão entregues com piso cerâmico, azulejos na cozinha, banheiro e área de serviço, laje, cobertura com estrutura metálica e sistema de energia solar fotovoltaico.

O financiamento dos imóveis seguirá as diretrizes da Política Habitacional do Estado de São Paulo, com juros zero para famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos. Com isso, os beneficiários pagarão praticamente o mesmo valor ao longo dos 30 anos, já que o contrato será corrigido apenas pelo IPCA – índice oficial do IBGE. O valor da prestação será proporcional à renda familiar e não poderá ultrapassar 20% dos rendimentos mensais.