Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (23), o senador Marcio Bittar (PL-AC) afirmou considerar legítimas as manifestações populares ocorridas no último domingo (21), ainda que tenham recebido apoio de artistas. O parlamentar criticou o que chamou de “showmício” promovido por personalidades ligadas à Lei Rouanet.
— A esquerda pode repetir a sua cantilena tantas vezes quanto queira. Eu defendo, diferente deles, o direito de que também possam dizer o que pensam e não serem penalizados por isso — declarou.
O senador também fez uma reflexão sobre a história política do país, comparando o período anterior ao golpe de 1964 com os episódios de 8 de janeiro de 2023. Para ele, “na época não havia dúvidas de que ambos os lados queriam dar um golpe de Estado”. Bittar destacou que parte dos militantes de esquerda, após a derrota, recorreu à guerrilha, e muitos foram posteriormente anistiados.
Na segunda parte de seu discurso, o parlamentar manifestou apoio aoPLP 235/2019,em análise pelo Senado, que propõe acriação do Sistema Nacional de Educação (SNE). Ele classificou a proposta como um “SUS da educação”, capaz de integrar políticas públicas e garantir qualidade de ensino em todo o território nacional.
— Esse projeto é, na verdade, o SUS da educação, que busca trazer educação de qualidade para todo o Brasil de uma forma igualitária [...] nãopedimos privilégios, mas igualdade de condições para oferecer uma educação de qualidade para Roraima e para o Brasil — afirmou.
Segundo o senador, o substitutivo aprovado pela Câmara dos Deputados avança ao priorizar regiões mais vulneráveis, respeitar a autonomia dos municípios e fortalecer o papel da União como articuladora técnica e financeira. Bittar defendeu que o modelo ajudará especialmente estados amazônicos, como Acre e Roraima, a superar desafios de infraestrutura e de inclusão educacional.
Camily Olivera, sob supervisão de Patrícia Oliveira.
Mín. 13° Máx. 32°